top of page

De 2023 não passa: caminhos para uma educação antissexista

Educação para as relações de gênero

Edição N.º 23 - Dezembro de 2022

Você tem boas lembranças de alguma professora que te deu aula? Ter boas referências na escola faz toda a diferença não só na nossa prática como educadores, mas também na nossa forma de ver o mundo, na maneira como participamos da sociedade. Se focarmos as nossas atenções nas meninas e nas mulheres que compõem a comunidade escolar, vamos perceber que se faz ainda mais necessária essa busca por boas referências. Afinal, muitas vezes, o conteúdo programático aplicado em sala de aula não traz referências femininas que motivem as estudantes a sonharem tão alto quanto os meninos.




“Professores tem uma importância grandiosa na minha vida. Para ser mais exata professoras. Posso afirmar com toda segurança que a presença de professoras profundamente comprometidas com o trabalho que elas realizavam fez toda a diferença na minha trajetória”, afirma a professora Gina Vieira Ponte, que leciona há mais de 30 anos no Distrito Federal e que foi colunista da revista Fique Bem durante todo o ano de 2021.

“Lembro em especial da primeira professora negra, que eu tive aos oito anos de idade. Ela se dedicou com toda seriedade para promover o meu processo genuíno de inclusão na escola, pra garantir que eu tivesse condições efetivas de aprendizagem e de desenvolvimento integral. Eu acredito que os professores e professoras são os primeiros adultos que nos validam fora de casa, que nos creditam, que nos enxergam, que estimulam as nossas potencialidades. E foi exatamente isso que aconteceu comigo, eu tive a benção de ter excelentes professoras ao longo da minha vida”, completa a educadora.

Gina é referência quando falamos em educação transformadora. A professora é idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras, que surgiu da vontade de apresentar aos jovens diversas representações do que significa ser mulher, e se tornou política pública educacional. Além disso, Gina é a facilitadora do curso Educação para as Relações de Gênero oferecido pela plataforma Fique Bem. 

Em seu curso, a educadora fala sobre o quanto é preciso pensar e depositar a nossa energia na criação de uma educação antissexista. “O processo de construção do curso foi muito tranquilo, porque eu entendi que eu precisava oferecer um curso que tivesse diálogo com a realidade de professoras e professores pelo Brasil”, afirma. “O curso nasceu da minha experiência com o projeto Mulheres Inspiradoras, que começou em 2014. Então é o acúmulo de oito anos de leitura, de pesquisas e de experiências concretas na sala de aula”, continua. 

“Eu acho que o sentido da gente construir conhecimento é poder compartilhar com outras pessoas, e foi isso que a experiência de gravar os vídeos me proporcionou: a sensação de que eu estava compartilhando os meus saberes com outras pessoas”, comenta a professora. Para assistir ao curso completo e gratuito com Gina Vieira Ponte, basta acessar o nosso Youtube. 

“Eu espero que o curso cause uma transformação antes de tudo nas professoras e professores que vão assistir o conteúdo dele. Porque eu acredito que a gente só consegue transformar a nossa prática pedagógica se nós transformarmos a nós mesmos”, desabafa a professora. “Uma professora e um professor só levarão de maneira genuína apropriada, adequada e potente para as salas de aula, um trabalho voltado a promoção da equidade racial e de gênero, se esse professor e essa professora genuinamente tiverem tomado consciência sobre essas desigualdades que nos atravessam”, continua ela. 

“Para além disso eu espero que o curso possa colaborar pra que esses profissionais levem pra organização do trabalho pedagógico essas temáticas que são tão importantes pra garantir o desenvolvimento integral, a educação emancipadora pros nossos alunos”, finaliza.

>> Veja aqui todas as aulas do curso Educação para as Relações de Gênero, com Gina Vieira Ponte.

REVISTA

bottom of page